Sábado, 22 de Março de 2008
Um quarto. Uma música. Foi feitiço. Um homem e uma mulher apaixonados... Em cima da mesa uma vela acesa... Sombras parecem dançar ao som da música... dançam, olhos brilhantes fixando outros olhos brilhantes, Quatro olhos carregados de amor... trocam promessas de paixão... Risos, mais uma volta de dança... Lábios entreabertos, aguardam o beijo que tarda a chegar. promessa, negação, embaraço... Risos, tímidos, envergonhados... Agora nada os conseguirá separar... Linguas que se tocam, roçam, enrolam, brincam... Respirações que aceleram, mãos que começam a explorar, a acariciar. lábios que depositam doces beijos, nuns ombros maravilhosos de mulher. Boca feminina retribui num pescoço masculino. apreciando sensações que começam a tomar conta daqueles corpos que se necessitam, Mãos atabalhoadas que desejam despir...por fim, peles nuas alvas, morenas...exigentes por carícias que tardam a chegar... corpos nús, que se pedem... sôfregos mãos loucas, que acariciam, apertam, mexem... sem destino...sem fronteiras... loucas... deixam-se cair... carpete fofa que ampara dois corpos... paixão... penetração... suspiros... com movimentos suaves... iniciam viagem... qual tempestade que se aproxima, vagas alterosas se levantam... movimentos que violentam... dor, tornada prazer... paixão... autênticos animais selvagens... unhas que arranham... provocam... pedem... exigem... mais... mais... mais... ondas de prazer...violentas... sobem furiosas inundando os cérebros... arenalina furiosa a jorrar para fora... Bocas abertas... dentes a mostra... animais selvagens, feras numa selva violenta, de Paixão cega... indomável... de repente... dois gritos em simultâneo... jactos de delicioso líquido quente... fervente... jorram para dentro daquela maravilhosa gruta feminina... que os recebe, acolhe com violentos espasmos...pernas femininas que se trancam...apertam umas costas masculinas...com uma força imparável, dentes que mordem... pequenas gotículas de sangue...em quatro lábios... respirações ofegantes... de animais cansados... de voar, dois corpos sobrepostos, respirações ofegantes...respiram o mesmo ar... olhos que se abrem... sorrisos tímidos...corpos húmidos caem para o lado...trocando sorrisos cúmplices...de corpos saciados...cansados... ESGOTADOS!!! E pronto, foi mais um sonho para concretizar... Quando fores MEU...
SÓMENTE MEU!!!
MMR
sinto-me: Tonto
música: André Sardet - Foi Feitiço
Sábado, 29 de Setembro de 2007
Encaminho-me para o Mar... vou fazer o que já não faço há alguns anos. Cem metros para fora...é suficiente. Derroto para a direita...Rumo a Quarteira... Check-in! Pernas? Sem queixas... Coração? Compassado...Vagaroso... Respiração? Lenta... Profunda... Aquece-me com o teu calor meu amigo... Olá, Mar?! Outra vez... Só nós os dois... Estás muito agradável hoje. Calmo... Talvez 20º... Sinto-me bem dentro de ti... Acarinha-me...Envolve-me... OS TEUS LINDOS CABELOS PRETOS... Oiço o bater do meu coração dentro de ti, meu amigo... Vem aí algures um barco... Oiço-lhe o motor... QUE OLHOS LINDOS...ESTÁS COMIGO?... VENS COMIGO?... VAI-TE EMBORA... NÃO PRECISO DE TI... Estou muito bem... com o meu Mar e o meu Sol... Coração? Lento...Compassado... Respiração? Um pouco acelerada... Pernas? Começam a ressentir-se... é normal... Vai passar... Falésia...Aproximo-me da Praia do Cavalo Preto... Meia dúzia de pessoas. Uma mulher brincando Estou com os meus amores de toda uma vida... O céu está muito azul, uma nuvem aqui outra... AS COVINHAS DA TUA BOCA QUANDO RIS... LINDAS...ali... Não me atormentes...DESAPARECE DA MINHA VIDA... Chega!! As pernas já doem... Vou meter para dentro... Foi bom... Obrigado meus AMIGOS por me terem acompanhado... Chego à praia.... Descalço as barbatanas... Tenho que me sentar... As pernas continuam a nadar em terra... regresso a pé...Estou satisfeito... Fechei com chave de ouro... MMR
sinto-me: Baralhado
Quarta-feira, 1 de Agosto de 2007
Após 6 meses navegando sem rumo...
neste mar da VIDA...
arribei ao que pensava ser um bom porto de abrigo. Era lindo, belo, encantador e muito adorável.
Pequenino, com tudo o que era necessário. Apaixonei-me por este porto calmo. Finalmente...
pensava eu...
vou poder repousar este meu
navio, todo batido e empenado pelas agruras da VIDA. Tardiamente me apercebi que este porto estava demasiado virado ao Vento e ao Mar.
Pouco sossego...
sempre com o barco a abanar...
cheguei à triste conclusão que afinal ainda não era este o porto de abrigo que eu tinha imaginado... Nunca seria feliz neste adorável, lindo e mimoso Porto Após momentos belos, outros menos belos e outros decididamente feios, desisti... Fiz aguada, atestei de combustível, faina de mantimentos, arranquei com os motores, larguei amarras e aprooei à boca da barra. Já em alto-mar, de costas voltadas, com lágrimas nos olhos, iniciei mais uma viagem em busca daquela tão fugidia felicidade para o meu barco. MMR
sinto-me: Triste, muito triste
Quinta-feira, 12 de Julho de 2007
Na escuridão da noite
oiço passos...
São os meus passos que partem,
ficas para trás...
só...
amargurada...
Uma lágrima que corre...
cai nos meus lábios...
Sabor de um amor acabado...
Salgado...
MMR
sinto-me: Triste
Amor que morre...
momento triste...
quando olho para ti...
e o tempo ainda existe. Lua Nova no céu...
Sol que escurece...
Mares de macaréu...
coração que endurece. Veias de sangue lento...
sangue escuro de dor...
coração que bate sonolento...
pelo findar deste amor. correm por meu corpo tormentos,
como turbulentos rios...
agitam todos meus sentimentos...
em ondas de cerrados frios. Só ficaram recordações...
daquele amor arfante...
dois doridos corações...
de paixão agonizante. MMR
sinto-me: Triste